terça-feira, 26 de maio de 2015

LAVA JATO: CERVERÓ É CONDENADO A 5 ANOS DE PRISÃO EM REGIME FECHADO POR LAVAGEM DE DINHEIRO


De acordo com a acusação, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras utilizou dinheiro de propina para comprar imóvel de luxo no Rio. Pena será cumprida em regime fechado

Nestor Cerveró - Sessão da CPI mista Petrobras destinada a acareação entre os dois ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Nestor Cerveró (Internacional), nesta terça-feira (02), no Congresso, em Brasília
Nestor Cerveró é condenado pela Justiça Federal(Eraldo Peres/Reuters)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 1ª instância, condenou nesta terça-feira o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró a cinco anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O ex-dirigente da estatal também foi penalizado a pagar multa de cerca de 108.000 reais.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Cerveró tentou esconder que utilizou recursos ilícitos na compra de um apartamento avaliado em 7,5 milhões de reais, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A negociata para a aquisição do imóvel foi revelada por VEJA.
Entre os processos a que responde por participação no escândalo do petrolão, o Ministério Público Federal acusou Cerveró de utilizar o cargo na estatal para favorecer contratações de empreiteiras e, em troca, receber propina. Segundo a denúncia, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, atuava como operador financeiro da Diretoria Internacional da Petrobras e recolhia propina tanto para Cerveró quanto para políticos ligados ao PMDB. Na parceria com o ex-diretor da petroleira, Baiano, com o aval de Cerveró, enviava a propina para contas no exterior em nome de empresasoffshores situadas no Uruguai e na Suíça.
A movimentação financeira incluía ainda o retorno de parte dos recursos ao Brasil por meio da simulação de investimentos diretos na empresa brasileira Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda - na verdade uma filial da offshore uruguaia Jolmey. As duas empresas eram de propriedade de Cerveró, mas eram administradas por laranjas. Em setembro do ano passado, VEJA revelou que o dúplex de 7,5 milhões de reais - e que virou a principal prova, neste processo, de que o ex-dirigente lavava dinheiro - pertencia, na verdade, à Jolmey.
Ao longo da Operação Lava Jato, a Polícia Federal reuniu provas de que Cerveró era o verdadeiro dono da offshore Jolmey e de que movimentou milhões de reais para comprar e reformar o seu apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em depoimento aos investigadores, o advogado Marcelo Mello confirmou a negociata e disse que foi procurado há sete anos por Cerveró e por Algorta para montar uma subsidiária brasileira da Jolmey Sociedad Anonima. Desde o início das investigações, Cerveró negava qualquer participação na criação da offshore. Em alegações finais apresentadas ao juiz Sérgio Moro, o advogado Edson Ribeiro, responsável pela defesa do ex-diretor, ainda defendia a legalidade da aquisição do apartamento de luxo.
Para o Ministério Público, porém, Cerveró sempre utilizou o apartamento como mecanismo de lavagem de dinheiro do petrolão. O imóvel de cobertura no bairro de Ipanema foi adquirido pela Jolmey do Brasil por cerca de 1,5 milhão de reais, reformado por 700.000 reais e ficticiamente alugado ao ex-diretor da Petrobras por apenas 3.650 reais, valor cinco vezes menor que os preços de mercado.
Na sentença desta terça-feira em que condena o ex-diretor da Petrobras, o juiz federal Sérgio Moro, que já havia determinado o sequestro do apartamento, afirma que, depois da alienação, o imóvel deverá ser vendido e os recursos da transação deverão ser repassados à Petrobras.
POR: VEJA
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/justica-condena-nestor-cervero-a-cinco-anos-de-prisao-por-lavagem-de-dinheiro

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A POLÍCIA INVESTIGA PARTICIPAÇÃO DE "CASEIRA" EM CHACINA

Local do crime
Local do crime
Cinco pessoas morreram e três ficaram feridas durante um assalto realizado, no fim da noite de sábado (23), a uma casa no residencial Ponta Verde em Panaquatira, orla do município de São José de Ribamar, região metropolitana de São Luís. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um soldado do 6º Batalhão da Policia Militar identificado como Max Muller Rodrigues de Carvalho está entre as vítimas fatais.
O produtor musical Alexandro Carvalho, de 36 anos conhecido como "cachorro" morreu no local
O produtor musical Alexandro Carvalho, de 36 anos conhecido como “cachorro” morreu no local
Ainda de acordo com a SSP, seis homens armados cercaram e invadiram a casa de praia, onde era realizada uma festa. O policial reagiu ao assalto e conseguiu balear um dos criminosos que morreu no local. Max acabou sendo alvejado e morto por outro suspeito. Ele estava de folga aproveitando o fim de semana com familiares e amigos.
Nesse momento, um dos assaltantes identificado como Nal de Panaquatira se descontrolou ao ver o comparsa morto e começou a atirar contra as pessoas que participavam da festa, diz polícia. Cinco pessoas foram alvejadas, inclusive o irmão do PM, Eric Rodrigues de Carvalho, que estava no local. Na sequencia os bandidos fugiram levando a pistola .40 do polical assassinado.
O produtor musical Alexandro Carvalho, de 36 anos, morreu ainda no local e Ananda Brasil Mendes, 20 anos, a caminho do hospital. O irmão do policial levou um tiro de raspão na cabeça, mas está fora de perigo.
Alisson Fonseca, 28 anos foi alvejado por oito tiros e levado ao hospital onde foi submetido a cirurgia e está fora de perigo. Shirley Caroline Machado Martins, que comemorava seu aniverário sofreu apenas escoriações pelo corpo.
Ananda de 20 anos filha de major da PM, morreu a caminho do hospital
Ananda de 20 anos filha de major da PM, morreu a caminho do hospital
Com a morte de Max sobe para quatro o número de policiais mortos em São Luís neste ano. O corpo do policial está sendo velado na Igreja Batista em Jardim América, no bairro Jardim América. O enterro será ás 9h desta segunda-feira (25), no cemitério Jardim da Paz, estrada de Ribamar.
2º suspeito é morto em confronto
Após o ocorrido, policiais do Serviço de Inteligência da PM, Grupo Tático Móvel, Albatroz descobriram informações de que o suspeito identificado como Josinaldo Aires da Costa, 27 anos, também conhecido como Nal de Panaquatira, estaria escondido em uma casa na 2ª Travessa Alcione, na Vila Alcione, em São José de Ribamar.
Segundo a polícia, o suspeito estava armado no quintal da casa e percebeu a ação dos policiais. Houve troca de tiro e Nal acabou sendo alvejado por três disparos no tórax. Ele chegou a ser socorrido pelos policiais e encaminhado ao Hospital Municipal Clementino Moura (Socorrão II), na Cidade Operária, onde chegou sem vida.
Com ele a polícia encontrou um revólver calibre 38, com seis munições, três deflagradas e três intactas e a pistola do policial. As armas foram apresentadas no Plantão da Cidade Operária. 
 [ DO G1 MA]

Um grave acidente deixa três pessoas mortas próximo a Buriticupu


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Três pessoas morreram em um acidente de motocicleta próximo ao município de Buriticupu. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Francinaldo Gonzaga de Sousa, que pilotava a moto, e o garupa Leonardo da Silva, morreram ao colidir frontalmente com uma outra moto conduzida por um homem identificado como Julipan, que também morreu no local.
A causa do acidente, segundo a PRF, teria sido uma ultrapassagem indevida feita pelo Francinaldo, pelo acostamento.

JORNAL PEQUENO

sábado, 16 de maio de 2015

AGIOTAGEM, UM CRIME QUE AFETA MULTIDÕES


A saga da agiotagem no Maranhão, enquanto aparenta ser um crime marcado apenas pelos desvios de personalidade de seus protagonistas, esconde uma história de dores profundas, de muito sofrimento. Não apenas os ocasionados pela eliminação física de concorrentes e inadimplentes, mas o sofrimento de multidões roubadas em alimento, saúde, educação, segurança e quase tudo que depende da ação do poder público.
Os clientes preferenciais dos agiotas no Maranhão não eram particulares; eram, principalmente, os cofres públicos dos mais paupérrimos municípios do Maranhão. Deles, foi desviado o dinheiro do asfalto ou do calçamento, o dinheiro dos remédios nos hospitais e postos médicos, os recursos destinados à educação de crianças e adultos mantidos analfabetos, os recursos da segurança pública, da merenda escolar de gente em tese faminta porque vivendo com cerca de R$ 70 por mês. Esse foi o crime maior da agiotagem e o mais incrível foram os dias, anos, quase meio século em que esses agiotas e prefeitos viveram na impunidade.
Somente agora o Estado, com a chegada do governador Flávio Dino ao poder, conseguiu ou teve forças para punir a agiotagem. Empresários com cheques em branco de prefeituras, os valores que deveriam mitigar a fome de crianças abandonadas pelo poder público, meninos e meninas tentando se educar em escolas de taipa, de palha, em galpões, sem material didático, sem lanche, postos médicos vazios e uma gente aos gritos transportada em ambulâncias para distâncias que doíam ainda mais.
E a polícia estadual não agia para punir esse banditismo cruel. Não agia porque não podia agir, posto que esses eram recursos do poder político, afinal no comando de um modelo que privilegiava toda e qualquer forma de corrupção. Para que esses homens vivessem como nababos, uma rede de proteção estava armada, sendo este um assunto sobre o qual não se conversava, sobre o qual se temia dizer, pois acima de qualquer dor ou vida humana estava, para muitos, a próxima eleição a ser vencida, a qualquer custo, a todo preço, contribuindo para que fosse o do Maranhão o povo mais pobre deste país.
Dessa miséria coordenada em gabinetes do poder, nasciam jovens marginais porque permanentemente, desde a infância, marginalizados, comendo o pão que o diabo amassou enquanto o diabo comemorava com os melhores vinhos e champagnes passeando em jatos particulares. O contributo da agiotagem para a violência que assolou o Maranhão não foi, portanto, apenas territorial. A agiotagem ajudou a explodir a natureza social do crime quando roubou, por tanto tempo impunemente, o futuro de sucessivas gerações.
Em apenas quatro meses do governo Flávio Dino, duas operações policiais, sob comando também do Ministério Público, mandaram para o lugar devido, a cadeia, empresários de alto coturno, políticos destacáveis na sociedade, responsáveis pela extrema pobreza em dezenas de municípios do Estado, réus sem julgamento da exploração humana mais cruel.
O garoto que foi com fome para aquela escola de palha sem banheiros e, também, o outro, que voltou para uma casa onde não tinha o que comer, todas essas gerações que tiveram seus futuros roubados, vão crescer sabendo que, se houver honestidade política, o destino terrível que lhes foi traçado por mãos criminosas pode mudar. E vai mudar.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

AGIOTAGEM: Deputado revela que quase 100% dos prefeitos estão nas mãos de agiotas



O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) colocou o dedo na ferida ao repercutir a prisão dos prefeitos maranhenses envolvidos com agiotagem. Segundo o parlamentar o remédio para por fim a este tipo de crime, comum no interior do Maranhão e no restante do país, é acabar com o financiamento de empresas particulares, às campanhas eleitorais.

“A situação dos prefeitos, hoje, no Maranhão, é gravíssima. Quase 100% estão em mãos de agiotas, porque o custo de uma campanha é milionária. Para mudar essa prática, nós precisamos de uma reforma séria;  que acabe com tudo quanto é estrutura e que seja fiscalizada pelo Ministério Público”, acentuou Raimundo Cutrim.

Cutrim afirmou que vários prefeitos estão atolados em dívidas por causa das campanhas milionárias que fizeram, para assumir as prefeituras. Ele também enfatizou que o modelo da política do Maranhão e em todo o Brasil é criminosa: a grande maioria dos prefeitos contraiu dívidas e está pagando com juros elevados.

POR: JORGE VIEIRA / blog 

sábado, 2 de maio de 2015

Resultado da 1ª fase do seletivo para auxiliar penitenciário em Santa Inês e outros municípios

Foi divulgado nesta quinta-feira (30), o resultado da primeira etapa do processo seletivo para auxiliar penitenciário. Os municípios contemplados pelo seletivo são Rosário, São Luís, Paço do Lumiar, Itapecuru, Chapadinha, Imperatriz, Açailândia, Davinópolis, Bacabal, Santa Inês, Viana, Coroatá, Pedreiras, Balsas, Caxias, Codó, Timon e Pinheiro. Veja o resultado aqui.
No total, fora, 7.471 inscritos para 920 vagas. A Região Metropolitana de São Luís e Imperatriz, com 4.612 candidatos, respondem por mais de 70% das inscrições. No município de Rosário, o primeiro a abrir os editais, a Secretaria de estado de Administração Penitenciária (Sejap) já contratou 23 aprovados que acabaram de concluir a capacitação técnica de 70 horas/aula e devem começar a trabalhar nesta segunda-feira (4).
A segunda fase do processo, a de investigação social, começa nesta segunda (04), e consiste na avaliação de bons antecedentes pessoais. Outras informações sobre a segunda etapa do seletivo estão disponíveis no edital do certame.

G1